segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Feliz dia de Todos os Santos!

No meu tempo, que não foi assim há tanto tempo, não havia cá Halloween. Havia pão por Deus. Conheço quem fosse pedir o pão por Deus às portas, tipo Halloween, mas eu nunca fiz isso. Este dia para mim ficava marcado pela notinha que a minha bisavó se encarregava de me dar muito discretamente sempre com um "Toma o teu pão por Deus. Para comeres um geladino". Claro que se eu tivesse gasto ao longo da minha infância todo o dinheiro que ela me deu em gelados hoje em dia estaria no peso pesado, mas o que ficou daquela altura foi a ternura daquele gesto. Que eu adorava e agora sinto falta.

domingo, 30 de outubro de 2011

É impressão minha?

Ou se aquele anúncio da campanha dos antibióticos, apresentado pela Cristina Ferreira, durasse mais um bocado, ela saía do ecrã para nos bater?

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Antes assim!

Sim senhor, estamos em crise, está tudo muito mal, daqui a uns anos não há segurança social, vamos ser velhinhos com fome e isso tudo. Mas se repararem, sempre que existe uma previsão de ameaça biológica ou contaminaçao por uma doença mesmo grave que vai matar a humanidade inteira, Portugal é sempre o último a ser afectado. Pobres mas sempre com mais tempo para nos queixarmos que o resto do mundo.

sábado, 15 de outubro de 2011

A crise

À dois dias atrás, quando ia a passear pela Avenida da Liberdade a caminho dos quiosques (matéria para outro post), tive pela primeira vez contacto com a crise, propriamente dita. No meio de muitos sem abrigos que dormem por aquela Avenida, estava um casal, sentado numa cama de cartão. Mas não era um casal qualquer. Ele de camisa, deitado com a mão na testa, certamente a pensar nos problemas. E ela sentada a lavar roupa que estava cuidadosamente pendurada ao longo de uns 2 metros pelas protecções das flores. Os dois com óptimo aspecto, com ar de quem tinha andado a procura de emprego e no fim não tinha para onde ir. Foi um choque para mim, porque nunca tinha visto nada assim. Pessoas que podiam perfeitamente fazer parte das minhas relações a dormir ao relento. Passei por eles pela segunda vez e tentei não olhar, não porque me tivessem sido indiferentes ou porque tivesse vergonha. Mas porque achei que os devia poupar de mais um olhar de pena depois dos milhares olhares reprovadores que devem receber todos os dias. Ou pelo menos desde que ali foram parar. E a verdade é que me aptecia ir lá, perguntar o que é que se passou, se posso ajudar, mas não o faço porque não quero expor ninguém a esse tipo de embaraço, e porque muito provavelmente nem me iriam responder.
Não sei em que circunstâncias é que aquele casal foi parar a rua, não sei se foram irresponsáveis ao ponto de correrem esse risco, mas o que eu sei é que não se devia sequer correr o risco de chegar a esse ponto. Mas mais que isso devia ser possível ajudá-los, de uma maneira que não seja só dar-lhes dinheiro. Como diz o provérbio chinês, não lhes dar o peixe mas ensiná-los a pescar. Ando a pensar nisso.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Problemas de Comunicação

- Tens que marcar a revisão do carro.
- Ok, deixa aí o papel que quando voltar marco.

(...)

- Já te marquei a revisão, para sexta feira as 8 da manha.
- Mas sexta feira não tenho aulas, estava a pensar aproveitar a manhã para dormir.~
- Ah, pois. Mas agora já não dá para mudar.

Bonito.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Do medo

À parte todas as coisas que na vida nos podem meter medo, como doenças, um dos nossos morrer ou ter o coração despedaçado, entre muitas outras coisas, eu normalmente tenho medo de andar na rua. Acho me mariquinhas, e tenho vergonha de dizer mas a verdade é esta. Tenho medo que alguém me assalte, tenho medo de ser assediada, e outras coisas que tal. Nunca entro em casa sem estar ao telefone com alguém, só para não me sentir tão sozinha porque a verdade é que a pessoa que vai comigo ao telefone não poderia fazer nada se alguém decidisse fazer me mal. Sempre que posso peço a alguém para me vir por a casa, não ando de metro à noite, fecho a porta de casa a sete chaves e apesar de morar num sétimo andar as janelas normalmente estão fechadas. E eu sei que a questão das janelas pode parecer exagero mas quando estão abertas nunca me sinto verdadeiramente segura.
Não existe razão para eu ser assim, nunca morei num sitio perigoso, e a verdade é que nunca sofri de nada do que me queixo.
Deve ter vindo de nascença, um gene quaquer que se mostrou recessivo e que não se manifestou nem nos meus pais nem no meu irmão, que mora do outro lado do mundo sem nunca se ter queixado de falta de segurança. Ou entao é por ser rapariga, porque convenhamos que o que realmente me faz medo é a possibilidade de alguém me fazer mal. Eu não sou propriamente uma pessoa musculada. Se isso acontecesse o melhor que conseguia fazer, se não tivesse paralisado com medo ou começado a chorar, era fugir.
Mas viver assim é chato. Aborrecido, diria um amigo meu. Especialmente quando se pensa quase todos os dias em ir viver para outro país onde, pelo menos no início, não se conhece muita gente.
Sei que não vou ficar corajosa da noite para o dia, e ninguém me vai convencer que os meus medos são infundados, porque a verdade é que o mundo é perigoso.
O que eu gostava mesmo era que, por obra e graça de alguma entidade poderosa lá de cima, eu tivesse a certeza que estes medos que chegam a ser mariquisse, admito, são infundados. Que, basicamente, nunca ninguém me assaltasse nem me quisesse fazer mal. Ah, isso é que eu gostava!
Até lá, vou continuar a ser cautelosa e a trancar-me a sete chaves em casa. Por falar nisso...

Venha ele!

Estou farta de calor. É que já não se pode. A minha casa é quente, tenho roupas novas de outono à espera de serem usadas, e para além disto tudo já não é o tempo dele. Claro que partilho isto com outras pessoas e todos me querem internar, mas a verdade é que já sinto falta de frio. Por este andar, vou fazer festa de anos de sandália, eu que faço anos em Novembro.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Tenho a dizer que hoje vi a Casa dos Segredos pela primeira vez e senti o meu QI a diminuir a cada segundo que passava.

domingo, 2 de outubro de 2011

Festa Time Out

Amei. Só pelo facto de poder visitar o Palácio Sommer valeu a pena. Mas para além disso a festa estava animadíssima, adorei o tema. Muita gente divertida, música óptima, um calor digno de mês de Agosto, e last but not least uma excelente companhia. A primeira vez numa festa da Time Out, mas dada a amostra, vou frequentá-las todinhas. Haja convites!

(Claro que durante a noite deu para pensar em muitas, e todas inúteis, maneiras de arranjar dinheiro que chegue para comprar o palácio. Ai, as festas que eu não fazia ali! Eventualmente, acabei por descer a terra.)